terça-feira, 13 de março de 2007

Segredos do coração

“O coração conhece a sua própria amargura, e o estranho não participará no íntimo da sua alegria” (Provérbios 14:10).

Há coisas no coração de cada indivíduo que apenas ele conhece. Há amarguras que só ele pode medir, e alegrias nas quais ninguém mais participa. Há lágrimas que ninguém vê, risos que ninguém ouve. Há coisas que não podemos repartir, mesmo se quisermos.

Você conhece a dor que eu sinto pela morte de um ente querido? “Sim, eu também já os perdi”, você responde. Desculpe-me, mas não — você não perdeu quem eu perdi. Você sabe medir a alegria que sinto pela esposa e filhas que Deus me deu? “Sim, eu também tenho uma linda família”. Perdão, mas é diferente! As pessoas envolvidas, as circunstâncias, o tempo — tudo é único! Você pode ser capaz de chegar perto do que sinto, mas não importa quão bem você me conheça, sempre haverá os segredos do coração!

Senhor, ajude-me a lembrar que não conheço os segredos dos corações que me cercam. Ao tentar consolar o que chora, faça-me lembrar que eu não conheço a sua amargura, para que minha insensibilidade jamais aumente sua dor. Ao ver alguém alegre, faça-me lembrar que eu não posso participar no íntimo da sua alegria, para que minha insensibilidade jamais diminua o brilho do seu sorriso!

Senhor, ajude-me a lembrar que ninguém conhece os segredos do meu coração. Se parece que ninguém chora pela minha dor, é só porque não sentiram o açoite que eu recebi. Se parece que ninguém se entusiasma com aquilo que me alegra, é só porque não viram o brilho que eu vi.

Ajude-me a respeitar os segredos do coração alheio, e a aceitar que ninguém conhece os segredos do meu!

© W. J. Watterson

Leia também o poema “Não julgues

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