terça-feira, 13 de março de 2007

Pedindo o óbvio

Você pediria alguma coisa que já ganhou? Ou suplicaria por algo que você já sabe, com certeza absoluta, que vai acontecer? A maioria de nós responderia “Não!” — e, em situações normais, a resposta estaria certa. Mas quando se trata de pedir a Deus, devemos ter outra mentalidade, e suplicar constantemente por aquilo que Deus já prometeu nos conceder.

Veja um exemplo. Quando faltavam dois anos para terminar os setenta anos do cativeiro Babilônico, Daniel diz: “Eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos. E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza” (Dn 9:2-3). Entendendo que Deus iria libertar Seu povo dali a dois anos, Daniel ora a Deus suplicando por livramento. Parece desnecessário! Mas “Daniel entendeu que quando Deus está prestes a agir, Ele começa despertando o Seu povo para que sejam restaurados nas suas almas” (H. A. Ironside, Daniel, 2a edição, 18a impressão, pág. 157).

Outro exemplo: A Bíblia termina com uma promessa, uma oração, e uma bênção. A promessa é preciosa: “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém.” Imediatamente temos a oração: “Ora vem, Senhor Jesus.” Você já orou pedindo que Ele volte? “Mas para que? Ele não acabou de prometer que vem?” É óbvio que Ele vai voltar, e é óbvio que nossas orações não vão apressar a Sua vinda. Mas quando oramos pedindo a Sua volta, sabemos que estamos orando segundo as Escrituras. Manifestamos nosso desejo de receber aquilo que Deus nos prometeu dar, e é desta forma que podemos desfrutar plenamente da bênção com que a Bíblia termina: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.”

“Ora vem, Senhor Jesus”.

© W. J. Watterson

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