quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Amor que se dá

Finalizando esta pequena trilogia sobre o amor do Senhor (veja parte um e dois), considere as únicas três vezes no NT que lemos do Seu amor associado à frase “deu-Se a Si mesmo”:

  • Em Efésios 5:25 lemos que “Cristo amou a Igreja, e a Si mesmo Se entregou por Ela”. A Sua Noiva e o Seu Corpo, comprados com a Sua própria vida.
  • Mas este amor não foi somente um amor por uma entidade coletiva; Ele também amou cada um dos indivíduos que compõem esta Igreja. No v. 2 do mesmo capítulo lemos: “Cristo nos amou, e Se entregou a Si mesmo por nós”.
  • Ah, mas leia isso: “O Filho de Deus, que me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim” (Gálatas 2:20)! Não conseguimos nos aproximar mais do coração de Deus do que isto; não conseguimos achar verdade mais impressionante no Universo todo!

É glorioso pensar no Seu amor sacrifical pela Sua Noiva, e precioso lembrar que este amor abrange cada indivíduo na Igreja. Mas meu coração descansa nestas palavras preciosas, poderosas, e pessoais: Ele (o próprio Filho de Deus) me amou (a mim, pobre e inútil), e a Si mesmo Se entregou por mim!

Um velho hino em Inglês capta este pensamento. Apresento uma adaptação livre abaixo.

A manjedoura, o humilde lar…
Senhor, vieste a mim buscar?
Tua agonia no jardim;
Senhor, será que foi por mim?

Eu louvo a Deus, pois foi por mim.
Imenso amor! Sem par! Sem fim!
Eis a razão do meu louvor:
Morreu por mim, meu Redentor!

A zombaria, a intensa dor,
Coroa amarga, cruz de horror;
No rosto o sangue carmesim…
Senhor, será que foi por mim?

As trevas que ninguém mediu;
A dor que só Jesus sentiu;
A morte … quão terrível fim!
Senhor, será que foi por mim?

A morte já vencida está,
E Cristo em breve voltará,
Virá buscar Seu povo enfim;
Virá buscar até a mim!

© W. J. Watterson

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O amor de Cristo

Tendo considerado o amor do Senhor Jesus, destaco agora as três vezes que encontramos no NT a expressão “o amor de Cristo”. Todas elas estão nas epístolas, e o uso do nome “Cristo” enfatiza a Sua divindade:

  • Nossa segurança em Cristo. Em Romanos 8:35 é destacada a certeza eterna que o cristão tem, de que ninguém, e nada, poderá nos separar do amor de Cristo. Como posso pensar em perder a salvação se o Salvador me ama? Como imaginar que Ele poderá me condenar, se nada pode me separar do Seu amor? O cristão tem certeza eterna da sua salvação porque ele descansa no amor de Cristo.
  • Nosso serviço para Cristo. Em II Coríntios 5:14 a ênfase recai sobre a nossa responsabilidade de proclamar o “ministério da reconciliação” (v. 18), porque “o amor de Cristo nos constrange”. Como não viver para Ele, se Ele morreu por mim (v. 15)? Como ficar calado diante de tal amor? O cristão sente-se forçado, constrangido a pregar o ministério da reconciliação, porque ele é constrangido pelo amor de Cristo.
  • Nossa satisfação com Cristo. E em Efésios 3:19 o apóstolo fala da necessidade de “conhecer o amor de Cristo”; é comunhão, conhecimento prático deste amor. Se formos fortalecidos pelo Espírito (v. 16), e pela fé Cristo habitar em nossos corações, arraigados e alicerçados em amor (v. 17), poderemos conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento. O cristão deve ter como alvo aqui na Terra conhecer o amor de Cristo.

O amor de Cristo é aquilo que me dá segurança presente e eterna, que me estimula a serviço dedicado e constante, e que satisfaz as aspirações do meu espírito.

© W. J. Watterson