sábado, 14 de abril de 2007

A cruz de Cristo

Depois que meu avô, William Maxwell, foi promovido à glória, tive o privilégio de receber algumas de suas anotações sobre a cruz de nosso Senhor Jesus Cristo (um de seus assuntos prediletos) — aquela cruz “pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6:14). Pensamos com freqüência nesta dupla separação que a cruz representa? Ela pode ser vista nas nossas vidas?

Talvez a segunda parte seja mais fácil: “… eu para o mundo.” Porque assim que eu proclamar meu amor pelo Senhor crucificado, o mudo virará suas costas para mim e me desprezará. Não depende, realmente, de mim — é inevitável.

Mas talvez esquecemos que, pela cruz, o mundo está crucificado para mim — em todos os seus aspectos. Sua retórica (“Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã” — I Co 1:17), sua religião ( “Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo” — Gl 6:12) e sua riqueza (“Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas” — Fp 3:18-19). Estas são as únicas três vezes que a expressão “a cruz de Cristo” ocorre no NT.

Enquanto o mundo proclama as perfeições da sua sabedoria, o poder da sua religião, e os prazeres das suas “coisas terrenas”, nosso Senhor nos apresenta a Sua cruz. Qual nos atrai mais? Estamos dispostos a abraçar a cruz, e crucificar o mundo?

“Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6:14).

© W. J. Watterson

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