quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Quase um discípulo


Não foi difícil renunciar
Às coisas podres que eu amava;
Até gostei de abandonar
A noite fria em que andava.

Mas era pouco…


A princípio, relutei:
“Sacrificar o meu melhor?”
Chorei, sofrendo, mas aceitei,
E tudo era do Senhor.

Mas era pouco…

E Ele repetia, com amor:
“Quem não negar-se a si mesmo…”
“Mas, Senhor!” clamei; “Senhor!
Negar-me a mim mesmo?
Virar as costas ao meu ‘eu’?
Tudo que tenho já é Teu!”
Paciente, Ele ainda perguntou: “Tudo?”
Envergonhado, respondi: “Quase tudo…”

(09/92)


© W. J. Watterson

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